A vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB), foi transferida nesta quinta-feira (22) para uma sala de Estado-Maior no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí, onde permanecerá detida preventivamente. A transferência foi determinada pelo juiz Luís Henrique Moreira Rêgo, do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), após audiência de custódia realizada no início de abril, na qual a prisão preventiva da parlamentar foi mantida.
Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de abril durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. A investigação apura o suposto financiamento de sua campanha eleitoral com recursos ilícitos provenientes da facção criminosa Bonde dos 40. Além disso, há suspeitas de lavagem de dinheiro por meio da ONG Instituto Vamos Juntos, ligada à vereadora.
Durante a audiência de custódia, a defesa de Tatiana solicitou a revogação da prisão preventiva, argumentando que não havia motivos para sua manutenção. No entanto, o juiz responsável pelo caso entendeu que a detenção deveria ser mantida. A juíza auxiliar da Corregedoria Regional Eleitoral do TRE-PI, Melissa de Vasconcelos Lima Pessoa, explicou que a transferência para o Quartel do Comando-Geral foi determinada em razão de Tatiana ser advogada, o que lhe confere o direito de permanecer em sala de Estado-Maior, conforme previsto no Estatuto da Advocacia.
Com a prisão e o afastamento de Tatiana Medeiros, a Câmara Municipal de Teresina iniciou os trâmites para a convocação do suplente Leôndidas Júnior (PSB), que obteve 2.262 votos nas eleições de 2024. O regimento interno da Casa prevê a substituição temporária do parlamentar afastado caso o afastamento ultrapasse 60 dias.
A defesa da vereadora nega qualquer envolvimento com organizações criminosas e aguarda a análise de um pedido de habeas corpus apresentado ao TRE-PI. Enquanto isso, Tatiana Medeiros permanece detida no Quartel da Polícia Militar, aguardando os desdobramentos do processo judicial.